terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A grande extensão territorial e latitudinal e a diversidade climática do Brasil explicam a extraordinária riqueza vegetal que o país possui. Situado quase totalmente dentro da Zona Neotropical, podemos dividi-lo para fins geográficos em dois territórios: o amazônico e o extra-amazônico. No amazônico (área equatorial ombrófila) o sistema ecológico vegetal decorre de um clima de temperatura média em torno de 25°C com chuvas torrenciais bem distribuídas durante o ano. No extra-amazônico (área inter-tropical), o sistema ecológico vegetal responde a dois climas: o tropical com temperaturas médias por volta de 22°C e precipitação estacional, com período seco, e o subtropical com temperatura média anual próxima dos 18°C, com chuvas bem distribuídas.
A grande quantidade de espécies vegetais nativas e exóticas de importância econômica, conhecida e descrita em trabalhos científicos, representa apenas uma amostra das que provavelmente existem. Não podemos esquecer que grande parte da cobertura vegetal primitiva já foi e continua sendo impiedosamente devastada, criando sérios riscos de acidentes e desequilíbrios ecológicos.
A ação do homem como devastador da vegetação original se iniciou com a colonização do Brasil, sendo acentuada nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e parte do Centro-Oeste. Estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais já devastaram a maior parte da cobertura primitiva.
Na Região Norte a ação depredadora data da década de 60, com crescimento nos anos 70/80, provocando o quase desaparecimento de espécies raras e já sendo motivo de preocupação em áreas como Rondônia, oeste do Tocantins e sul do Pará, enquanto o reflorestamento e a preservação são incipientes.
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo abrangendo nove países, 60% correspondentes ao Brasil. Apresenta varias características:
  • É heterogêna (possui grande variedade de espécies vegetais);
  • É higrófila (de ambiente úmido);
  • É latifoliada (de folhas largas, grandes);
  • É perense (sempre verde).
A floresta amazônica é um ecossistema auto-sustentável. Ou seja, é um sistema que se mantém com seus próprios nutrientes num ciclo permanente. Os ecossistemas amazônicos são sorvedouros de carbono, contribuindo para o equilíbrio climático global. Existe um delicado equilíbrio nas relações das populações biológicas que são sensíveis a interferências antrópicas.
A floresta, apesar de ser a características mais marcante da Amazônia, não esconde a grande variedade de ecossistemas, dentre os quais se destacam: florestas de terra firme, florestas inundadas, várzeas, igapós, campos abertos e cerrados. Conseqüentemente, a Amazônia abriga uma infinidade de espécies vegetais e animais.
A mata dos cocais trata-se de uma vegetação de transição entre a floresta Amazônica e a caatinga, sendo constituída por palmeiras. As espécies de vegetais desse bioma se reproduzem com grande velocidade, e resistem ao desmatamento.

Floresta Amazônica
LOCALIZAÇÃO  
A extensão total aproximada da Floresta Amazônica é de 5,5 milhões de km², sobrepondo-se à área da bacia hidrográfica amazônica com 7 milhões de km² (incluindo a bacia dos rios Araguaia e Tocantins). A floresta amazônica distribui-se mais ou menos da seguinte forma, dentro e fora do território nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
Estes 60% correspondentes ao Brasil constituem a chamada Amazônia Legal, abrangendo os Estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Além destas "divisões", a floresta amazônica ainda engloba 38% (1,9 milhões de km²) de florestas densas; 36% (1,8 milhões de km²) de florestas não densas; 14% (700 mil km²) de vegetação aberta, como cerrados e campos naturais, sendo 12% da área ocupada por vegetação secundária e atividades agrícolas.
CARACTERIZAÇÃO  
A Amazônia, como floresta tropical, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como principal.
Durante muito tempo, atribuiu-se à Amazônia o papel de "pulmão do mundo". Hoje, sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumida à noite. Mas, devido às alterações climáticas que causa no planeta, a  Floresta Amazônica vem sendo chamada como "o condicionador de ar do mundo".
A importância da Amazônia para a humanidade não reside apenas no papel que desempenha para o equilíbrio ecológico mundial. A região é o berço de inúmeros povos indígenas e constitui-se numa riquíssima fonte de matéria-prima (alimentares, florestais, medicinais, energéticas e minerais).  
CLIMA E HIDROGRAFIA  
A duração do período seco é de 1 a 3 meses, na maioria da região, com exceção da área centro-ocidental e em torno de Belém, onde não existe sequer um mês seco, e a leste de Roraima, onde o período seco se estende de 4 a 5 meses.
Há predomínio de temperaturas médias anuais entre 22 e 28ºC. Há uniformidade térmica e, normalmente, não se percebe a presença de variações estacionais no decorrer do ano. O total de chuvas varia de 1.400 a 3.500 mm por ano. O clima é distribuído de maneira a caracterizar duas épocas distintas: a seca e a chuvosa.
O clima é equatorial úmido e sub-úmido, controlado pela ação dos alísios e baixas pressões equatoriais (doldrums) e pela ZCIT - Zona de Convergência Intertropical. Na Amazônia Ocidental, o clima sofre a interferência da massa equatorial continental (mEc); na Amazônia Oriental, região do médio e baixo Amazonas e litoral, o clima sofre interferência da massa equatorial marítima (mEm) e da ZCIT. A massa polar atlântica (mPa) atua no interior da Amazônia, percorrendo o território nacional no sentido S - NW através da depressão do Paraguai, canalizando o ar frio e provocando queda da temperatura. O fenômeno é conhecido como "friagem". Predomina o clima equatorial, com pluviosidade média anual de 2.500 mm e temperatura média anual de 24 ºC.
Os rios amazônicos diferem quanto à qualidade de suas águas e sua geomorfologia. Os principais rios, baseando-se na coloração de suas águas são:
  • De água preta: Negro
  • De água clara: Tapajós
  • De água barrenta: Solimões e Amazonas
Retirado do site: http://www.zemoleza.com.br/carreiras/biologicas/biologia/trabalho/30704-as-principais-formacoes-vegetais-do-brasil-floresta-amazonica-e-mata-dos-cocais.html

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Brasil tem várias zonas climáticas, desde equatoriais até subtropicais, e essa diversificação contribui para a formação de diferentes biomas: floresta tropical úmida (Floresta Amazônica e Mata Atlântica), floresta subtropical, o cerrado, a caatinga e os campos, além do pantanal.
Floresta amazônica (floresta pluvial equatorial): é a maior floresta tropical do mundo, totalizando cerca de 40 % das florestas pluviais tropicais do planeta. A floresta Amazônica apresenta três estratos de vegetação: caaigapó ou igapó (área permanentemente alagada ao longo dos rios), vázea (área sujeita a inundações periódicas) e caaetê ou terra firme (área que nunca se inunda).
Mata atlântica (floresta pluvial tropical): originalmente cobria uma área de 1 milhão de km2, estendendo-se ao longo do litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e alargando-se significativamente para o interior em Minas Gerais e São Paulo. É um dos biomas mais importantes para a preservação da biodiversidade brasileira e mundial, mas é também o mais ameaçado.
Mata de araucárias ou Mata dos Pinhais (floresta pluvial subtropical): é uma floresta na qual predomina o pinheiro-do-paraná, ou araucária (Araucária angustifólia), espécie adaptada a climas de temperatura moderadas a baixas no inverno, solos férteis e índice pluviométrico superior a 1000 mm anuais.
Mata dos Cocais: esta formação vegetal se localiza no estado do Maranhão, encravada entre a Floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga, caracterizando-se como mata de transição entre formações bastante distintas. É constituída por palmeiras, com grande predominância do babaçu e ocorrência esporádica de carnaúba.
Caatinga: vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido, na qual predominam arbustos caducifólios e espinhosos; ocorrem também cactáceas, como o xique-xique e o mandacaru, comuns no Sertão.
Cerrado: é constituído por vegetação caducifólia (ou estacional), predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa (que dificulta a perda de água). Duas das espécies mais conhecidas são o pequizeiro e o buriti. É adaptado ao clima tropical típico, com chuvas abundantes no verão e inverno seco, desenvolvendo-se, sobretudo, no Centro-oeste brasileiro.
Pantanal: Há vegetação rasteira, floresta tropical e mesmo vegetação típica do cerrado nas regiões de maior altitude. Portanto, não é uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações e também uma fauna muito rica. Aparece principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Campos naturais: formações rasteiras ou herbáceas constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de altura. Os campos mais famosos do Brasil localizam-se no Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha), no Mato Grosso do Sul (os campos de Vacaria).
Vegetação Litorânea: podem ser consideradas formações vegetais litorâneas a restinga e os manguezais. A restinga se desenvolve na areia, com predominância de arbustos e ocorrência de algumas árvores, como chapéu-de-sol, coqueiro e goiabeira. Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de grande número de espécies de peixes, moluscos e crustáceos.

·  Unidades de Conservação

Com a Lei 4771, foi criado o Código Florestas, que estabeleceu normas para o uso das florestas e demais tipos de biomas, fixando percentuais máximos para a retirada da vegetação, diferenciados por região. Foram criadas, então, as Unidades de Conservação.
As Unidades de Conservação são áreas de preservação agrupadas conforme a restrição ao uso. As unidades classificadas como de restrição total são denominadas Unidades de Proteção Integral; aquelas cujo nível de restrição é menor têm uso voltado ao desenvolvimento cultural, educacional e recreacional e são denominadas Unidades de Uso Sustentável.
 

A Vegetação do Brasil envolve o conjunto de formações vegetais distribuídas por todo o território brasileiro.
O Brasil possui diferentes tipos de vegetação. Os principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata dos Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde o nordeste até o sul, a Mata das Araucárias no sul, a Caatinga no nordeste, o Cerrado no centro, o Complexo do Pantanal no sudoeste, os campos no extremo sul com manchas esparsas em alguns estados do país e a vegetação litorânea desde o Amapá até Rio Grande do Sul.