A grande extensão territorial e latitudinal e a diversidade climática
do Brasil explicam a extraordinária riqueza vegetal que o país possui.
Situado quase totalmente dentro da Zona Neotropical, podemos dividi-lo
para fins geográficos em dois territórios: o amazônico e o
extra-amazônico. No amazônico (área equatorial ombrófila) o sistema
ecológico vegetal decorre de um clima de temperatura média em torno de
25°C com chuvas torrenciais bem distribuídas durante o ano. No
extra-amazônico (área inter-tropical), o sistema ecológico vegetal
responde a dois climas: o tropical com temperaturas médias por volta de
22°C e precipitação estacional, com período seco, e o subtropical com
temperatura média anual próxima dos 18°C, com chuvas bem distribuídas.
A grande quantidade de espécies vegetais nativas e exóticas de
importância econômica, conhecida e descrita em trabalhos científicos,
representa apenas uma amostra das que provavelmente existem. Não
podemos esquecer que grande parte da cobertura vegetal primitiva já foi
e continua sendo impiedosamente devastada, criando sérios riscos de
acidentes e desequilíbrios ecológicos.
A ação do homem como devastador da vegetação original se iniciou com
a colonização do Brasil, sendo acentuada nas regiões Sul, Sudeste,
Nordeste e parte do Centro-Oeste. Estados como São Paulo, Paraná e
Minas Gerais já devastaram a maior parte da cobertura primitiva.
Na Região Norte a ação depredadora data da década de 60, com
crescimento nos anos 70/80, provocando o quase desaparecimento de
espécies raras e já sendo motivo de preocupação em áreas como Rondônia,
oeste do Tocantins e sul do Pará, enquanto o reflorestamento e a
preservação são incipientes.
Principais Formações Vegetais do Brasil
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo
abrangendo nove países, 60% correspondentes ao Brasil. Apresenta varias
características:
- É heterogêna (possui grande variedade de espécies vegetais);
- É higrófila (de ambiente úmido);
- É latifoliada (de folhas largas, grandes);
- É perense (sempre verde).
A floresta amazônica é um ecossistema auto-sustentável.
Ou seja, é um sistema que se mantém com seus próprios nutrientes num
ciclo permanente. Os ecossistemas amazônicos são sorvedouros de
carbono, contribuindo para o equilíbrio climático global. Existe um
delicado equilíbrio nas relações das populações biológicas que são
sensíveis a interferências antrópicas.
A floresta, apesar de ser a características mais marcante
da Amazônia, não esconde a grande variedade de ecossistemas, dentre os
quais se destacam: florestas de terra firme, florestas inundadas,
várzeas, igapós, campos abertos e cerrados. Conseqüentemente, a
Amazônia abriga uma infinidade de espécies vegetais e animais.
A mata dos cocais trata-se de uma vegetação de transição
entre a floresta Amazônica e a caatinga, sendo constituída por
palmeiras. As espécies de vegetais desse bioma se reproduzem com grande
velocidade, e resistem ao desmatamento.
Floresta Amazônica
LOCALIZAÇÃO
A extensão total aproximada da Floresta Amazônica é de
5,5 milhões de km², sobrepondo-se à área da bacia hidrográfica
amazônica com 7 milhões de km² (incluindo a bacia dos rios Araguaia e
Tocantins). A floresta amazônica distribui-se mais ou menos da seguinte
forma, dentro e fora do território nacional: 60% no Brasil, e o
restante (40%) pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
Estes 60% correspondentes ao Brasil constituem a chamada
Amazônia Legal, abrangendo os Estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso,
oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Além destas "divisões", a floresta amazônica ainda
engloba 38% (1,9 milhões de km²) de florestas densas; 36% (1,8 milhões
de km²) de florestas não densas; 14% (700 mil km²) de vegetação aberta,
como cerrados e campos naturais, sendo 12% da área ocupada por
vegetação secundária e atividades agrícolas.
CARACTERIZAÇÃO
A Amazônia, como floresta tropical, apresenta-se como um
ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os elementos
(clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que
não se pode considerar nenhum deles como principal.
Durante muito tempo, atribuiu-se à Amazônia o papel de
"pulmão do mundo". Hoje, sabe-se que a quantidade de oxigênio que a
floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é
consumida à noite. Mas, devido às alterações climáticas que causa no
planeta, a Floresta Amazônica vem sendo chamada como "o condicionador
de ar do mundo".
A importância da Amazônia para a humanidade não reside
apenas no papel que desempenha para o equilíbrio ecológico mundial. A
região é o berço de inúmeros povos indígenas e constitui-se numa
riquíssima fonte de matéria-prima (alimentares, florestais, medicinais,
energéticas e minerais).
CLIMA E HIDROGRAFIA
A duração do período seco é de 1 a 3 meses, na maioria da
região, com exceção da área centro-ocidental e em torno de Belém, onde
não existe sequer um mês seco, e a leste de Roraima, onde o período
seco se estende de 4 a 5 meses.
Há predomínio de temperaturas médias anuais entre 22 e
28ºC. Há uniformidade térmica e, normalmente, não se percebe a presença
de variações estacionais no decorrer do ano. O total de chuvas varia de
1.400 a 3.500 mm por ano. O clima é distribuído de maneira a
caracterizar duas épocas distintas: a seca e a chuvosa.
O clima é equatorial úmido e sub-úmido, controlado pela
ação dos alísios e baixas pressões equatoriais (doldrums) e pela ZCIT -
Zona de Convergência Intertropical. Na Amazônia Ocidental, o clima
sofre a interferência da massa equatorial continental (mEc); na
Amazônia Oriental, região do médio e baixo Amazonas e litoral, o clima
sofre interferência da massa equatorial marítima (mEm) e da ZCIT. A
massa polar atlântica (mPa) atua no interior da Amazônia, percorrendo o
território nacional no sentido S - NW através da depressão do Paraguai,
canalizando o ar frio e provocando queda da temperatura. O fenômeno é
conhecido como "friagem". Predomina o clima equatorial, com
pluviosidade média anual de 2.500 mm e temperatura média anual de 24 ºC.
Os rios amazônicos diferem quanto à qualidade de suas
águas e sua geomorfologia. Os principais rios, baseando-se na coloração
de suas águas são:
- De água preta: Negro
- De água clara: Tapajós
- De água barrenta: Solimões e Amazonas
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
O
Brasil tem várias zonas climáticas, desde equatoriais até subtropicais,
e essa diversificação contribui para a formação de diferentes biomas:
floresta tropical úmida (Floresta Amazônica e Mata Atlântica), floresta
subtropical, o cerrado, a caatinga e os campos, além do pantanal.
Floresta amazônica
(floresta pluvial equatorial): é a maior floresta tropical do mundo,
totalizando cerca de 40 % das florestas pluviais tropicais do planeta.
A floresta Amazônica apresenta três estratos de vegetação: caaigapó ou
igapó (área permanentemente alagada ao longo dos rios), vázea (área
sujeita a inundações periódicas) e caaetê ou terra firme (área que
nunca se inunda).
Mata atlântica (floresta pluvial tropical): originalmente cobria uma área de 1 milhão de km2,
estendendo-se ao longo do litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio
Grande do Sul e alargando-se significativamente para o interior em
Minas Gerais e São Paulo. É um dos biomas mais importantes para a
preservação da biodiversidade brasileira e mundial, mas é também o mais
ameaçado.
Mata de araucárias ou Mata dos Pinhais (floresta pluvial subtropical):
é uma floresta na qual predomina o pinheiro-do-paraná, ou araucária
(Araucária angustifólia), espécie adaptada a climas de temperatura
moderadas a baixas no inverno, solos férteis e índice pluviométrico
superior a 1000 mm anuais.
Mata dos Cocais:
esta formação vegetal se localiza no estado do Maranhão, encravada
entre a Floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga, caracterizando-se
como mata de transição entre formações bastante distintas. É
constituída por palmeiras, com grande predominância do babaçu e
ocorrência esporádica de carnaúba.
Caatinga:
vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido, na qual predominam
arbustos caducifólios e espinhosos; ocorrem também cactáceas, como o
xique-xique e o mandacaru, comuns no Sertão.
Cerrado:
é constituído por vegetação caducifólia (ou estacional),
predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e
casca grossa (que dificulta a perda de água). Duas das espécies mais
conhecidas são o pequizeiro e o buriti. É adaptado ao clima tropical
típico, com chuvas abundantes no verão e inverno seco,
desenvolvendo-se, sobretudo, no Centro-oeste brasileiro.
Pantanal:
Há vegetação rasteira, floresta tropical e mesmo vegetação típica do
cerrado nas regiões de maior altitude. Portanto, não é uma formação
vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações e também uma fauna
muito rica. Aparece principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul e
Mato Grosso.
Campos naturais:
formações rasteiras ou herbáceas constituídas por gramíneas que atingem
até 60 cm de altura. Os campos mais famosos do Brasil localizam-se no
Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha), no Mato Grosso do Sul (os campos
de Vacaria).
Vegetação Litorânea:
podem ser consideradas formações vegetais litorâneas a restinga e os
manguezais. A restinga se desenvolve na areia, com predominância de
arbustos e ocorrência de algumas árvores, como chapéu-de-sol, coqueiro
e goiabeira. Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela
reprodução de grande número de espécies de peixes, moluscos e
crustáceos.
· Unidades de Conservação
Com
a Lei 4771, foi criado o Código Florestas, que estabeleceu normas para
o uso das florestas e demais tipos de biomas, fixando percentuais
máximos para a retirada da vegetação, diferenciados por região. Foram
criadas, então, as Unidades de Conservação.
As
Unidades de Conservação são áreas de preservação agrupadas conforme a
restrição ao uso. As unidades classificadas como de restrição total são
denominadas Unidades de Proteção Integral; aquelas cujo nível de
restrição é menor têm uso voltado ao desenvolvimento cultural,
educacional e recreacional e são denominadas Unidades de Uso
Sustentável.
A Vegetação do Brasil envolve o conjunto de formações vegetais distribuídas por todo o território brasileiro.
O Brasil possui diferentes tipos de vegetação. Os principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata dos Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde o nordeste até o sul, a Mata das Araucárias no sul, a Caatinga no nordeste, o Cerrado no centro, o Complexo do Pantanal no sudoeste, os campos no extremo sul com manchas esparsas em alguns estados do país e a vegetação litorânea desde o Amapá até Rio Grande do Sul.
O Brasil possui diferentes tipos de vegetação. Os principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata dos Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde o nordeste até o sul, a Mata das Araucárias no sul, a Caatinga no nordeste, o Cerrado no centro, o Complexo do Pantanal no sudoeste, os campos no extremo sul com manchas esparsas em alguns estados do país e a vegetação litorânea desde o Amapá até Rio Grande do Sul.
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